Uma mulher foi condenada no Reino Unido por manter sua filha escondida em uma gaveta debaixo da cama durante três anos. O caso aconteceu em Cheshire, onde a criança foi encontrada pouco antes de completar três anos, com sinais graves de negligência, incluindo deformidades, desnutrição e erupções cutâneas. Segundo o Tribunal da Coroa de Chester, a mulher conseguiu esconder a existência da criança de seus outros filhos e até mesmo de seu parceiro. A menina foi descoberta por acaso, quando o namorado da mulher ouviu um barulho e encontrou a criança em um quarto enquanto usava o banheiro. Após alertar familiares e os serviços sociais, a menina foi resgatada. No julgamento, o promotor revelou que a criança era alimentada de forma precária, com cereal misturado em água e administrado por seringa, e tinha idade de desenvolvimento equivalente a um bebê de 10 meses. Ela nunca havia saído de casa, não interagia com outras pessoas e passava longos períodos sozinha enquanto a mãe cuidava dos outros filhos ou trabalhava. Em depoimento, a mãe admitiu que a criança “não fazia parte da família” e justificou suas ações alegando medo do pai abusivo da menina e desconhecimento da gravidez. No entanto, o juiz Steven Everett considerou as explicações insuficientes. “Você privou aquela garotinha de amor, afeto, atenção adequada e cuidados médicos essenciais. As consequências físicas, psicológicas e sociais foram devastadoras. É impressionante que, apesar de tudo, ela esteja lentamente voltando à vida”, afirmou o juiz. A criança, atualmente sob os cuidados de uma família adotiva, não sabia nem mesmo seu próprio nome quando foi resgatada, de acordo com uma declaração emocionada apresentada no tribunal. Dois policiais chegaram a chorar ao ouvir o relato da cuidadora da menina. A mulher foi condenada por quatro acusações de crueldade infantil, incluindo negligência médica, abandono e subalimentação.
Mulher é condenada por manter criança durante três anos em gaveta debaixo da cama
Secretário de Saúde de Goiânia, Wilson Pollara é preso em operação do MPGO
O secretário da Saúde da Prefeitura de Goiânia, Wilson Pollara, e outros dois gestores da pasta foram presos na manhã desta quarta-feira (27), durante a Operação Comorbidade. A prisão temporária se deu a partir de uma investigação que apura crimes de pagamento irregular em contratos administrativos e associação criminosa. Além de Pollara, foram presos Quesede Ayres Henrique que atua como secretário-executivo da pasta e Bruno Vianna, diretor financeiro da Secretaria Municipal de Saúde. Além das prisões de Wilson Pollara e dos outros gestores, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão e determinada a suspensão das funções públicas dos três servidores. As ações foram realizadas na sede da Secretaria Municipal de Saúde, nas residências dos presos e de um empresário vinculado aos contratos investigados. Durante as buscas, os agentes encontraram R$ 20.085,00 em dinheiro na posse de um dos alvos. De acordo com o MPGO, Wilson Pollara e os outros investigados formaram uma associação criminosa que favorecia empresas por meio de pagamentos irregulares, desrespeitando a ordem cronológica de exigibilidade e causando prejuízos aos cofres públicos. O esquema impactou diretamente a gestão da saúde municipal, agravando a crise no setor. Recentemente, o caos refletiu na fila das UTIs com pessoas morrendo à espera de uma vaga. Um dos reflexos do esquema foi a interrupção de repasses financeiros para entidades do terceiro setor, como a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), responsável pela gestão de unidades hospitalares e maternidades em Goiânia. Com um passivo de R$ 121,8 milhões junto a fornecedores, a Fundahc enfrenta dificuldades para manter o funcionamento regular dos serviços. Por meio de nota, a Prefeitura de Goiânia destacou colaborar com as investigações e que tomará as medidas administrativas cabíveis a partir do desdobramento da apuração feita pelo Ministério Público de Goiás. O posicionamento pode ser lido na íntegra: A Prefeitura de Goiânia informa que está colaborando plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no âmbito da Operação Comorbidade. A gestão municipal reitera seu compromisso com a transparência e com a lisura na administração pública, colocando-se à disposição para fornecer todas as informações e documentos necessários ao esclarecimento dos fatos. A Prefeitura reforça que tomará todas medidas administrativas cabíveis, conforme o desdobramento das apurações.
Prefeitura de Goiânia é investigada por suposta corrupção na saúde
Uma operação do Ministério Público de Goiás (MP) na Prefeitura de Goiânia mira suspeitos de corrupção na área da Saúde. Foram cumpridos três mandados de prisão temporária e outros oito de busca e apreensão. Um dos alvos, é o secretário de Saúde Wilson Pollara. A investigação revelou prejuízo de R$ 121,8 milhões para a administração pública e o descumprimento de repasses a entidades do terceiro setor. Um dos investigados foi flagrado com R$ 20.085,00 em espécie. Denominada Comorbidade, a ação tem como objetivo, segundo o MP, interromper pagamentos irregulares em contratos administrativos e investigar uma associação criminosa dentro da gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. O secretário-executivo da pasta, Quesede Ayres Henrique, e o diretor financeiro, Bruno Vianna Primo, foram presos, tiveram suas funções suspensas e foram afastados cautelarmente. Além disso, foram cumpridos mandados na sede da Secretaria, nas residências dos alvos e de um empresário que presta serviços à pasta. Os mandados foram expedidos pelo 1º Juízo de Garantias da Capital e executados com apoio da Polícia Militar. As investigações revelaram concessões indevidas em contratos da Secretaria, resultando em pagamentos que desrespeitaram a ordem cronológica de exigibilidade. Nota da prefeitura de Goiânia A Prefeitura de Goiânia se manifestou por meio de nota. Veja a íntegra: “A Prefeitura de Goiânia informa que está colaborando plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no âmbito da Operação Comorbidade. A gestão municipal reitera seu compromisso com a transparência e com a lisura na administração pública, colocando-se à disposição para fornecer todas as informações e documentos necessários ao esclarecimento dos fatos. A Prefeitura reforça que tomará todas as medidas administrativas cabíveis, conforme o desdobramento das apurações”. Suposta corrupção na saúde gera impactos no atendimento à população, diz MP A investigação mostrou que os envolvidos não repassaram verbas públicas previstas em convênios a entidades do terceiro setor, como a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). Esse descumprimento resultou em um passivo de R$ 121,8 milhões junto a fornecedores, deixando a fundação sem condições de operar regularmente. Essa situação comprometeu a capacidade de funcionamento da Fundahc, afetando diretamente a prestação de serviços de saúde à população. A crise de gestão da rede pública de saúde em Goiânia é multifatorial e inclui desestruturação da assistência hospitalar, restrição no acesso a leitos de enfermaria e UTI, falta de insumos básicos, interrupção de serviços essenciais e deficiências graves em políticas públicas de assistência básica. Essa situação compromete direitos fundamentais, em especial o direito à saúde e à vida da população dependente do Sistema Único de Saúde (SUS). Apoio e estrutura da Operação A operação contou com a colaboração de 11 promotores de Justiça, servidores do MPGO, um delegado de polícia e 28 policiais militares. O GAEPP, criado em agosto de 2023, é uma unidade especializada em combater irregularidades na administração pública goiana, com poderes para instaurar procedimentos investigativos criminais e cíveis, acompanhar inquéritos e ajuizar ações. A operação também será detalhada em uma coletiva de imprensa, agendada para essa tarde na sede do MPGO. As defesas dos envolvidos não foram localizadas para falar sobre o assunto. O espaço segue aberto para manifestações.
PF aponta ataque de Bolsonaro às urnas como parte de tentativa de golpe de Estado em 2022
A Polícia Federal faz uma conexão entre os ataques ao sistema eleitoral difundidos por Jair Bolsonaro (PL) desde o primeiro ano de governo, em 2019, e a trama golpista descrita no relatório final da investigação divulgado nesta terça-feira (26). No relatório de 884 páginas em que indicia 37 pessoas, a PF traça uma linha do tempo para afirmar que o ex-presidente planejou, atuou e teve domínio direto sobre os atos da organização criminosa que tentou um golpe de Estado no país. Durante o governo, o ataque ao sistema eleitoral —o mesmo pelo qual Bolsonaro havia sido eleito durante toda sua vida política— foi perpetrado, segundo provas reunidas pela investigação, pelo uso da ABIN, do Ministério da Defesa e de um núcleo chamado de Gabinete do Ódio, no Palácio do Planalto. Assim, de acordo com a PF, essa narrativa não seria interpretada como algo casuístico e, após eventual derrota nas eleições seguintes, legitimaria “os atos que se sucederam” à vitória de Lula (PT). Em outros fatos elencados pela polícia, foi o próprio Bolsonaro quem assumiu o protagonismo, como na manifestação do 7 de Setembro de 2021, em que afirmou que só sairia da Presidência preso ou morto, ou mesmo na reunião ministerial de 2022 —cuja íntegra estava no computador de seu auxiliar Mauro Cid, hoje delator. Os episódios que apontam para um plano concreto de golpe ganham ainda mais volume no relatório a partir da vitória de Lula, em 30 de outubro de 2022. Mensagens e documentos apreendidos na reta final do governo indicam, de acordo com a PF, que Bolsonaro discutiu decretos de ruptura com militares e pediu apoio antes de deixar o país. VEJA A LINHA DO TEMPO DOS PRINCIPAIS FATOS, DE ACORDO COM A INVESTIGAÇÃO: Criação e difusão de informações falsas sobre a segurança das urnas (2019):A investigação da Polícia Federal afirma que a organização criminosa “construiu e propagou a narrativa de vulnerabilidades e fraudes no sistema eletrônico de votação” desde o primeiro ano do governo Bolsonaro. Plano para fuga de Bolsonaro (22 de março de 2021):A PF localizou uma apresentação com cinco slides em um computador apreendido com Mauro Cid “que previa o uso do dispositivo denominado RAFE/LAFE” a favor de Bolsonaro em caso de descumprimento de ordem judicial do STF. Segundo o Glossário de Termos e Expressões para Uso no Exército, RAFE é a sigla para Rede de Auxílio à Fuga e Evasão e LAFE, Linha de Auxílio à Fuga e Evasão. Bolsonaro faz live com profusão de mentiras sobre urnas (29 de julho de 2021):Ao lado do então ministro da Justiça, Anderson Torres, Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo para apresentar supostas provas de fraude nas urnas eletrônicas. O ex-presidente, porém, abordou apenas teorias conspiratórias já desmentidas e que circulavam havia anos na internet. Bolsonaro ameaça STF e ataca sistema eleitoral (7 de setembro de 2021):Ao participar de manifestações em Brasília e São Paulo, Bolsonaro fez ameaças golpistas contra o STF, incentivou desobediência a decisões da Justiça e disse que só sairia morto da presidência da República. A PF diz que o ex-presidente reiterou seu modus operandi e “atacou o sistema eletrônico de votação, dizendo que ‘não poderia participar de uma farsa como essa patrocinada pelo Tribunal Superior Eleitoral’”. Reunião ministerial a três meses das eleições (5 de julho de 2022):A PF também destaca a reunião ministerial de 5 de julho de 2022, 13 dias antes da conversa de Bolsonaro com embaixadores estrangeiros. O vídeo, na íntegra, estava no computador de Mauro Cid. O encontro teve ataques às urnas e ao STF, além de mentiras sobre Lula. O general Augusto Heleno também sugeriu infiltrar agentes da Abin nas campanhas adversárias. Manifestantes se instalam em frente ao QG do Exército (2 de novembro de 2022):Mensagens trocadas por Mario Fernandes, então número dois da Secretaria-Geral da Presidência, indicam que o militar mantinha contato direto com manifestantes que ficaram mais de dois meses em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília. Em conversa com Mauro Cid, ele diz que tem “procurado orientar tanto o pessoal do agro como os caminhoneiros que estão lá em frente ao QG”. Impressão do plano para matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes (9 de novembro de 2022):A investigação indica que minutos após o documento batizado de “Punhal Verde e Amarelo” ser impresso por Mario Fernandes no Palácio do Planalto, em 9 de novembro de 2022, o militar foi até a residência oficial para conversar com Bolsonaro. “Não percam a fé” (18 de novembro de 2022):O ex-candidato a vice Walter Braga Netto (PL) cumprimenta apoiadores que esperavam o então presidente no cercadinho do Palácio da Alvorada e diz: “Vocês não percam a fé, tá bom? É só o que eu posso falar para vocês agora”. PL contesta resultado das eleições ao TSE (22 de novembro de 2022):Material apreendido com a empresa que prestou serviço ao Instituto Voto Legal (contratado pelo PL) indica que os investigados sabiam que os argumentos que embasaram o pedido eram inconsistentes. A PF afirma que Bolsonaro e o presidente do partido, Valdemar Costa Neto, insistiram na tese, mesmo com chances baixas de sucesso, para legitimar o golpe de Estado. Carta ao comandante do Exército (fim de novembro de 2022 – 26 a 29 de novembro):Trocas de mensagens e depoimentos transcritos pela investigação indicam que Bolsonaro soube e deu aval à carta golpista assinada por oficiais do Exército no final de novembro de 2022. Segundo o relatório, era “uma estratégia para incitar os militares e pressionar o Comando do Exército a aderir a ruptura institucional”. Ajuste no plano Punhal Verde e Amarelo (6 de dezembro de 2022):Mario Fernandes imprime novamente o documento após “ajuste”, na mesma hora em que o tenente-coronel Rafael de Oliveira e Bolsonaro estavam no Palácio do Planalto. No dia seguinte, Oliveira começou a execução dos planos golpistas com a compra de um celular descartável, por meio do qual participou de grupo para a operacionalização da execução das autoridades. Reunião na residência oficial sobre a minuta golpista (7 de dezembro de 2022):A PF diz que, “após ter realizado pessoalmente ajustes na minuta do decreto presidencial, Jair Bolsonaro convocou os comandantes das Forças Militares no Palácio da Alvorada para apresentar
Operação cumpre 21 mandados contra suspeitos de homicídios em Goiânia
A Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios da Policia Civil de Goiás deflagrou, nesta terça-feira (26/11), a Operação Hades, com o objetivo de cumprir 21 mandados judiciais relacionados a homicídios ocorridos na região dos Bairros Jardins do Cerrado, em Goiânia. Além da capital, as ações são realizadas nos municípios de Aparecida de Goiânia e Trindade. A operação mobiliza mais de 90 policiais civis, incluindo agentes da CORE/G.T.3 e contando com o apoio da Polícia Penal de Goiás. De acordo com a corporação, as ações fazem parte de uma estratégia contínua de enfrentamento à violência, com foco na investigação de homicídios e na aplicação de justiça. Ao intensificar a atuação nos Bairros Jardins do Cerrado e em localidades vizinhas, os investigadores buscam não apenas resolver os crimes registrados, mas também prevenir novos atos violentos.
Goiânia ultrapassa marca histórica de chuvas em novembro
Goiânia ultrapassa, em 2024, a marca histórica de chuvas para o mês de novembro. A informação é do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás. A capital acumula, nesta segunda-feira (25/11), 431,9 milímetros de chuva, um volume consideravelmente acima da média histórica para o período. Esta é a maior concentração de precipitação desde 2015, superando os 354,8mm acumulados em todos os 30 dias do mencionado período naquele ano. De acordo com o gerente do instituto, André Amorim, a capital pode atingir níveis ainda mais consideráveis de precipitação, visto que há previsão de chuvas intensas e tempestades para os próximos cinco dias. Marca histórica: Goiânia pode chegar aos 500mm de chuvas neste novembro, aponta previsão “O avanço de uma frente fria pela região Sudeste do Brasil deve provocar a formação de áreas de instabilidade em Goiás, com possibilidade de chuvas de até 60mm por dia, acompanhadas de rajadas de vento e descargas elétricas. Nesse contexto, podemos chegar ou ultrapassar os 400mm até o final deste mês”, reforça. Em Goiânia, a situação é bem diferente do ano passado, quando o fenômeno El Niño causou uma seca intensa em diversas regiões do país. Neste ano, as águas mais frias no Pacífico Equatorial e a chegada frequente de frentes frias têm favorecido um aumento significativo no volume de chuvas, explica André. Impactos e recomendações As fortes chuvas podem causar diversos transtornos à população, como alagamentos, deslizamentos de terra, interrupção no fornecimento de energia elétrica e danos em imóveis. Para minimizar os riscos, a Defesa Civil recomenda que a população: Falta de energia: equatorial reforça necessidade de notificação Com a chegada dessa nova frente fria, a Equatorial Goiás alerta para a possibilidade de interrupções no fornecimento de energia. A concessionária reforça a necessidade de os clientes formalizarem o registro de ocorrências para agilizar o atendimento e priorizar áreas mais afetadas. Segundo Vinicyus Lima, gerente do Centro de Operações Integradas da Equatorial Goiás, o protocolo formalizado permite que a distribuidora organize equipes técnicas e implemente ações de restabelecimento de forma mais ágil e eficaz.
Jovem é preso em Goiânia com drogas avaliadas em quase R$ 400 mil
Um jovem de 19 anos foi preso na região do Loteamento Tropical Ville, em Goiânia, com drogas avaliadas em R$ 400 mil. De acordo com a Polícia Militar, foram apreendidos 150 tabeles de maconha , 530 cigarros da droga e uma balança industrial usada para a pesagem dos entorpecentes. Segundo informações da PM, o rapaz passou a ser monitorado após o compartilhamento de informações. A partir daí, os militares encontraram um veículo com as características descritas. O condutor foi parado e, durante depoimento inicial, informou aos policiais que os entorpecentes, avaliados em quase R$ 400 mil, estavam armazenados em um galpão no loteamento Tropical Ville. Os militares foram até o local e encontraram a droga. O suspeito e os entorpecentes foram encaminhados até a Central de Flagrantes, em Goiânia. O jovem, que já possui passagens pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, porte ilegal de arma de fogo e receptação, deve responder agora por tráfico de drogas.
Nova missão de Daniel Vilela no governo estadual foi pavimentada ainda nas eleições de 2024
Fontes do Palácio das Esmeraldas revelam à coluna que a decisão do governador Ronaldo Caiado (UB) de atribuir ao vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), a missão de ser o interlocutor entre prefeitos e o governo do estado foi alicerçada no papel que o líder emedebista desempenhou nas eleições municipais deste ano. E, claro, também tem como alvo a disputa pelo executivo goiano em 2026. Em 2024, Daniel percorreu dezenas de municípios goianos para participar de atividades de campanha de candidatos a prefeito do MDB, União Brasil e de outras legendas governistas. Com uma agenda intensa no interior, focado e extremamente empenhado na vitória de aliados, o vice-governador já tratava ali do trabalho conjunto que seria desempenhado entre governo e prefeituras a partir de 2025, principalmente em áreas estratégicas para a população, como moradias populares, infraestrutura e educação. De perfil diplomático e solícito, Daniel, desde que assumiu o posto de número 2 do executivo estadual, também sempre destacou em eventos públicos que o gabinete dele estava à disposição dos prefeitos. E assim tem sido feito: não raro, o gabinete no 4º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira segue movimentado e o obriga a despachar até altas horas da noite. A soma dos fatos listados acima com a candidatura natural do vice-governador, em 2026, à sucessão de Caiado, não deu outra: fez com que o governador batesse o martelo e criasse este cenário em que Daniel e os prefeitos, a partir de agora, ficarão ainda mais próximos. Vale lembrar que são estes gestores que formarão a principal tropa de choque para, daqui a menos de dois anos, tentarem conduzi-lo ao cargo de governador de Goiás.
Bolsonaro é indiciado por tentativa de golpe de Estado; pena pode chegar a 30 anos
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi indiciado pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (21) pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa. Caso seja condenado, as penas podem somar até 30 anos de prisão. O relatório final da investigação, que envolve também outras 36 pessoas, foi elaborado ao Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação durou quase dois anos e contou com diversas diligências policiais, incluindo quebras de sigilos bancários e telefônicos, além de colaboração premiada e apreensões autorizadas pelo Judiciário. Entre os outros indiciados estão ex-ministros da gestão Bolsonaro, como os generais da reserva Braga Netto e Augusto Heleno, o ex-diretor da Polícia Federal Alexandre Ramagem e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto. Segundo a Polícia Federal, os elementos de prova apontam que Bolsonaro e seus auxiliares buscaram articular um golpe de Estado para impedir a posse de Lula, presidente eleito em 2022. A investigação revelou detalhes de reuniões, como uma entre Bolsonaro e comandantes das Forças Armadas, na qual foi discutida a utilização de instrumentos jurídicos como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o Estado de Defesa e o Estado de Sítio, como formas de bloquear a posse de Lula. A PF ainda relatou que Bolsonaro participou da propagação de informações falsas para descreditar o sistema eleitoral e criar um ambiente favorável a uma intervenção militar. O ex-presidente também convocou uma reunião com embaixadores para atacar o sistema de votação brasileiro, o que resultou em uma denúncia política por abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. As acusações envolvem três crimes previstos no Código Penal. Uma tentativa de golpe de Estado pode resultar em penas de 4 a 12 anos de prisão, enquanto uma tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito prevê penas de 4 a 8 anos. Uma acusação de organização criminosa, que envolve a formação de um grupo estruturado para a prática de crimes, pode levar a penas de 5 a 10 anos. Após o indiciamento , o caso será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresentará denúncia formal contra Bolsonaro. Caso a denúncia seja aceita pelo STF, ele poderá se tornar réu e enfrentar um processo penal. O tribunal, após a coleta de provas e depoimentos, decidirá se o ex-presidente deverá ser condenado ou absolvido.
Golpe bancário faz 27 vítimas em Goiás
A Polícia Civil de Goiás realizam nesta quinta-feira (21/11) uma operação para desarticular uma organização criminosa responsável por aplicar um golpe em 27 goianos, utilizando uma falsa central de atendimento bancário. As vítimas foram enganadas por criminosos que se passavam por atendentes de uma central de suporte de um banco digital. Ao todo, estão sendo cumpridos 37 mandados de prisão e 38 mandados de busca e apreensão nas regiões metropolitanas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará e Pernambuco. A ação tem apoio das Polícias Civis locais. A investigação, conduzida pela Delegacia Estadual de Investigações Criminais (DEIC), revelou que os suspeitos utilizavam uma falsa central de atendimento para obter informações pessoais e financeiras das vítimas. Com os dados, eles acessavam contas bancárias e realizavam transferências de forma fraudulenta. Entre as vítimas estão pessoas de diferentes perfis que tiveram suas economias desviadas. “Confiar no atendimento do banco era algo natural para mim. Quando percebi o que tinha acontecido, o prejuízo já estava feito”, contou uma das vítimas, que preferiu não se identificar. Os envolvidos responderão por estelionato e associação criminosa. A polícia segue investigando o caso para identificar possíveis outros participantes e mensurar o total do prejuízo financeiro.