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Prefeitura de Goiânia é investigada por suposta corrupção na saúde

Uma operação do Ministério Público de Goiás  (MP) na Prefeitura de Goiânia mira suspeitos de corrupção na área da Saúde. Foram cumpridos três mandados de prisão temporária e outros oito de busca e apreensão. Um dos alvos, é o secretário de Saúde Wilson Pollara. A investigação revelou prejuízo de R$ 121,8 milhões para a administração pública e o descumprimento de repasses a entidades do terceiro setor. Um dos investigados foi flagrado com R$ 20.085,00 em espécie.

Denominada Comorbidade, a ação tem como objetivo, segundo o MP, interromper pagamentos irregulares em contratos administrativos e investigar uma associação criminosa dentro da gestão da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia. O secretário-executivo da pasta, Quesede Ayres Henrique, e o diretor financeiro, Bruno Vianna Primo, foram presos, tiveram suas funções suspensas e foram afastados cautelarmente.

Além disso, foram cumpridos mandados na sede da Secretaria, nas residências dos alvos e de um empresário que presta serviços à pasta.

Os mandados foram expedidos pelo 1º Juízo de Garantias da Capital e executados com apoio da Polícia Militar. As investigações revelaram concessões indevidas em contratos da Secretaria, resultando em pagamentos que desrespeitaram a ordem cronológica de exigibilidade.

Nota da prefeitura de Goiânia

A Prefeitura de Goiânia se manifestou por meio de nota. Veja a íntegra:

A Prefeitura de Goiânia informa que está colaborando plenamente com as investigações conduzidas pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) no âmbito da Operação Comorbidade.

A gestão municipal reitera seu compromisso com a transparência e com a lisura na administração pública, colocando-se à disposição para fornecer todas as informações e documentos necessários ao esclarecimento dos fatos.

A Prefeitura reforça que tomará todas as medidas administrativas cabíveis, conforme o desdobramento das apurações”.

Suposta corrupção na saúde gera impactos no atendimento à população, diz MP

A investigação mostrou que os envolvidos não repassaram verbas públicas previstas em convênios a entidades do terceiro setor, como a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc). Esse descumprimento resultou em um passivo de R$ 121,8 milhões junto a fornecedores, deixando a fundação sem condições de operar regularmente. Essa situação comprometeu a capacidade de funcionamento da Fundahc, afetando diretamente a prestação de serviços de saúde à população.

A crise de gestão da rede pública de saúde em Goiânia é multifatorial e inclui desestruturação da assistência hospitalar, restrição no acesso a leitos de enfermaria e UTI, falta de insumos básicos, interrupção de serviços essenciais e deficiências graves em políticas públicas de assistência básica. Essa situação compromete direitos fundamentais, em especial o direito à saúde e à vida da população dependente do Sistema Único de Saúde (SUS).

Apoio e estrutura da Operação

A operação contou com a colaboração de 11 promotores de Justiça, servidores do MPGO, um delegado de polícia e 28 policiais militares. O GAEPP, criado em agosto de 2023, é uma unidade especializada em combater irregularidades na administração pública goiana, com poderes para instaurar procedimentos investigativos criminais e cíveis, acompanhar inquéritos e ajuizar ações.

A operação também será detalhada em uma coletiva de imprensa, agendada para essa tarde na sede do MPGO.

As defesas dos envolvidos não foram localizadas para falar sobre o assunto. O espaço segue aberto para manifestações.

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